Bolsonaro caminha no DFRODRIGO SILVIANO/ ESTADÃO CONTEÚDO/ 29.03.2020 |
Na volta do passeio, disse ainda que é preciso tomar cuidado, especialmente os mais velhos, mas que um 'dia todos nós vamos morrer'.
Após visitar o comércio em Brasília e em cidades vizinhas na manhã deste domingo, 29, contrariando mais uma vez o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e autoridades médicas de todo o mundo que defendem o isolamento social contra o novo coronavírus o presidente Jair Bolsonaro afirmou que é preciso enfrentar a doença "como homem, pô, não como moleque". Na volta do passeio, disse ainda que é preciso tomar cuidado, especialmente os mais velhos, mas que um "dia todos nós vamos morrer".
"Temos o problema do vírus, temos, ninguém nega isso aí. Devemos tomar os devidos cuidados com os mais velhos, as pessoas do grupo de risco. Agora, o emprego é essencial. Essa é uma realidade. O vírus tá aí, vamos ter de enfrentá-lo, mas enfrentar como homem, pô, não como moleque. Vamos enfrentar o vírus com a realidade. É a vida, todos nós vamos morrer um dia", afirmou o presidente, segundo a TV Globo.
Bolsonaro também comentou por que saiu às ruas. "Hoje é domingo, tem pouca gente na rua. Agora, eu não marquei nada em lugar nenhum. Fui tudo de forma inominada, entra lá, para aqui. Eu não juntei ninguém para fazer um oba oba, nada disso. Fui reconhecido, não teve nenhum grito por parte da população."
Em seguida, para reforçar a necessidade de as pessoas trabalharem, informou que "mulheres estão apanhando em casa", sem mencionar qualquer estudo a respeito.
"Vai condenar esse cara a ficar dentro de casa? Ficar dentro de casa? Ele não tem poupança, não tem renda. A geladeira, se tiver já acabou a comida, pô. Tem que trabalhar, tem que sustentar a família, cuidar dos filhos. Temos um problema mais sério no momento. Tem mulher apanhando em casa. Por que isso? Em casa que falta pão, todos brigam e ninguém tem razão. Como é que acaba com isso? Tem que trabalhar, meu Deus do céu."
Estadão
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