Moro diz que "tudo está sob controle dentro do contexto relativamente difícil"

Reunião no Palácio da Abolição com o governador do Estado, Camilo Santana PT), e os ministros Sergio Moro (Justiça), Fernando Azevedo e Silva (Defesa) e André Mendonça (AGU) para avaliação da operação se Garantia da Lei e da Ordem no Ceará (Foto: Fábio Lima)

Ao lado do governador Camilo Santana, o ministro da Justiça Sérgio Moro e sua comitiva interministerial realizaram entrevista coletiva para falar sobre operações da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) nesta segunda, 24. Moro disse que a situação conflituosa que o Estado vive, devido à paralisação de alguns policiais militares, é "temporária" e será resolvida brevemente. "Há indicativo de aumentos de alguns crimes mais violentos, mas não é uma situação de desordem", avaliou. Segundo Moro, "tudo está sob controle dentro do contexto relativamente difícil".

O governador Camilo Santana disse durante a entrevista que o Estado "sempre permitiu o diálogo" e que ninguém está acima da lei. Camilo avaliou seu governo como uma gestão que fortaleceu a política de segurança pública do Ceará, aumentando para quase R$ 495 milhões a folha de pagamento dos agentes militares.

Desde o dia 18, policiais militares do Ceará iniciaram paralisação em protesto contra plano de reestruturação salarial, incluindo bombeiros militares. Conforme Moro, presença do Governo Federal no Ceará é para tentar apaziguar situação. "É para garantir tranquilidade e segurança da população. A gente veio para serenar os ânimos", disse.

Diante do motim dos policiais militares no Ceará, o governador do Estado, Camilo Santana, formalizou ao presidente da República, Jair Bolsonaro, o pedido para uso de tropas das Forças Armadas para a Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

Na solicitação, através do ofício nº 58/2020, Camilo argumenta que no momento "há insuficiência das forças estaduais para cumprimento regular de sua missão constitucional". Somente a Presidência da República pode confirmar a instauração de GLO, através de decreto. Foram pelo menos cinco ofícios enviados ao Palácio do Planalto e aos ministérios da Justiça e Segurança Pública e da Defesa.


O Povo Online

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