O corte desta terça será o 17ª consecutivo, acompanhando a queda das cotações internacionais do petróleo. O ciclo de queda foi iniciado no dia 22 de setembro, motivado pelo recuo da taxa de câmbio às vésperas do primeiro turno das eleições.
Desde então, o preço da gasolina nas refinarias da Petrobras já caiu 34%. Apenas em novembro, a queda acumulada é de 19%. Em valores corrigidos pela inflação, a última vez que a gasolina esteve abaixo de R$ 1,50 por litro foi no dia 24 de outubro de 2017.
Aumento das margens de lucro dos postos, porém, segura o repasse do preço final do combustível. Entre a semana do dia 22 e a semana encerrada no dia 16 de novembro, a fatia que fica com os postos cresceu 27%, para R$ 0,542 por litro.
O preço da gasolina nas bombas caiu apenas 1,75%, ou R$ 0,08 por litro, no mesmo período. Foram os últimos dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANO).
O levantamento da semana passada deve ser publicada nesta segunda.
Os postos alegam que a queda dos preços ao consumidor depende também da velocidade de repasse pelas distribuidoras, elo da cadeia que compra gasolina pura das refinarias, mistura ao etanol e revende aos postos.
Para especialistas, o segmento de revenda pode estar recuperando margens perdidas durante o período de preços recordes.
Por Folhapress, 26 de Novembro de 2018