Ceará teve 11,1% de sua população desocupada no quarto trimestre de 2017; na Grande Fortaleza, a situação é melhor: 9,8% dos moradores não trabalhavam no mesmo período, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) trimestral divulgada nesta sexta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Os números representam 451 mil cearenses com mais de 14 desocupados e 217 mil na Grande Fortaleza.
Em todo o Brasil, 26,4 milhões de brasileiros estavam sem trabalho no quarto trimestre de 2017. Esse número representa os trabahalhadores subutilizados no país, grupo que reúne pessoas que poderiam trabalhar, mas estão desocupadas, e aqueles que trabalham menos de 40 horas semanais.
Trabalho menos de 40 horas
O IBGE divulgou também o número de cearenses que têm a força de trabalho subutilizada, aqueles que poderiam trabalhar 40 horas semanais, mas não têm oportunidade de emprego com essa carga horária; consequentemente, essas pessoas recebem menor remuneração.
No Ceará, essa condição afeta 21% dos trabalhadores. Em todo o país, são 6,5 milhões de pessoas que trabalham menos de 40 horas.
Segundo o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, a população de trabalhadores subutilizados tem "praticamente um perfil único" por conta, sobretudo, das dificuldades inerentes ao ingresso no mercado de trabalho.
“Os jovens, dadas as dificuldades e barreiras deles se inserirem no mercado de trabalho – falta de experiência, falta de qualificação. Isso também vai abranger um maior contingente da população preta e parda, que também tem maior dificuldade de se inserir por conta da formação e da qualificação e pela falta de experiência.”
Fonte: G1