Mensagens trocadas pelo WhatsApp combinam local de encontro com crianças (Foto: TV Verdes Mares/Reprodução) |
"Tudo foi recolhido. O que chamou atenção da nossa equipe foram as fotos. Não mostravam os rostos. Apenas as partes íntimas das jovens. Encontramos também comprimidos que acreditamos que seria colocado no suco dado para dopar as jovens", explica o delegado.
Sobre novas denúncias, o titular da delegacia disse que pelo menos 12 jovens acompanhadas por familiares já prestaram depoimento na delegacia. "Não sei ao certo. Algo em torno de dez e 12 adolescentes já foram ouvidas. Vamos tentar ouvir mais pessoas e tentar colher mais informações sobre o caso".
Prisão do casal
O casal foi preso suspeito estuprar várias adolescentes no sábado (4). A prisão ocorreu em Ubajara. De acordo com Rubani Pontes Filho, o casal foi detido após familiares de uma das jovens denunciar o caso na delegacia, junto com o conselho tutelar da cidade. Ao menos 10 meninas foram vítimas, conforme a polícia.
Segundo o delegado, a mulher de 21 anos convidava as garotas para trabalhar como babá do filho deles e, após algum tempo, oferecia suco de uva com substâncias que as faziam dormir. Então, o companheiro dela estuprava as meninas.
“Ela agenciava no Centro da cidade as garotas de 14 e 15 anos. Quando conseguia uma, convidava para trabalhar em sua residência para cuidar do filho de três anos. Oferecia suco de uva, a pessoa ingeria a bebida, e após ela desmaiar, o marido aparecia e cometia o crime”, afirmou o titular da Delegacia de Ubajara.
No celular da mulher presa, há troca de mensagens com crianças indicando o local que elas deveriam ir. As mensagens indicam o horário em que as crianças deveriam ir um sítio, na zona rural de Ubajara.
O delegado disse que uma das vítimas afirmou em depoimento que depois de tomar o suco não se lembrava mais de nada. Ao acordar, segundo o delegado, ela percebeu o crime. A polícia, junto com o conselho tutelar de Ubajara, a encaminhou para ser submetida a exames no Instituto Médico Legal de Sobral, cidade distante 82 quilômetros do local do crime. De acordo com levantamento do conselho tutelar, foi comprovado o estupro.
Do G1CE