Cobertura de vacinação contra a influenza no Ceará está em 16%; meta é 90%

Campanha de vacinação contra a gripe termina em 26 de maio (Foto: PMA/Divulgação)
A três semanas do término da Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, que ocorrerá em 26 de maio, o Ceará registra cobertura vacinal de 16,46% do grupo prioritário, de 1.873.430 habitantes, com 294.450 doses aplicadas. Devem se vacinar contra a gripe os trabalhadores de saúde, professores da rede pública e privada de ensino, povos indígenas, crianças na faixa etária de seis meses a menores de cinco anos, gestantes em qualquer idade gestacional, puérperas, indivíduos com 60 anos ou mais de idade. A meta é imunizar 90% dessa população.

De acordo com a Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa), deverão também se vacinar as pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, os adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, a população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional. Com esses grupos, a população a ser vacinada soma 2.212.417 habitantes.

Além das salas de vacinação e das unidades básicas de saúde, em Fortaleza, as salas de vacina do Vapt Vupt de Messejana e do Vapt Vupt do Antônio Bezerra estão vacinando contra a gripe as pessoas que pertencem aos grupos prioritários alvos da campanha.

Eficiência

Alguns estudos demonstram que a vacinação contra a gripe sazonal pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias, de 39% a 75% a mortalidade global e em, aproximadamente, 50% nas doenças relacionadas à influenza Em 2016 o Ceará imunizou 91,5% da população prioritária da campanha, de 1.776.416 habitantes, com aplicação de 1.625.363 doses da vacina.

A influenza é uma doença respiratória infecciosa de origem viral, que pode levar ao agravamento e à morte, especialmente nos indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco para as complicações da infecção (crianças com menos de 5 anos de idade, gestantes, adultos com 60 anos ou mais, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais).

Assim como ocorre na gripe comum, a maioria dos casos de gripe suína apresenta quadro clínico leve e quase 100% evoluem para a cura. A taxa de letalidade média, nas duas situações, é de 0,5%. Toda a mobilização em torno da nova gripe se justifica porque o vírus A (H1N1) é novo e ainda não há pesquisas científicas definitivas sobre suas características.

Por isso, a prudência manda acompanhar sua evolução passo a passo. O principal risco associado à doença é uma inflamação severa dos pulmões, que pode levar à insuficiência respiratória. Confira abaixo as orientações gerais para lidar com a nova gripe.

É possível prevenir a doença?

Sim. Cubra a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar e jogue o lenço no lixo após o uso. Lave bem as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar. Você também pode usar produtos à base de álcool para limpar as mãos. Evite tocar os olhos, boca e nariz, porque os germes se espalham desse modo. Não compartilhe objetos de uso pessoal, como copos, pratos e talheres. Evite contato próximo com pessoas doentes. Alimente-se bem.

Quais sintomas da gripe?

Febre repentina, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações e coriza.

O que eu devo fazer se estiver sentindo isso?

Procure seu médico ou vá a um posto de saúde rapidamente.

O que eu não devo fazer?

Não deixe passar 48 horas do início dos sintomas sem fazer nada. Não recorra à automedicação nem fique em casa tomando chazinho. Também não fique obcecado pela ideia de fazer a todo custo o teste para confirmar se você tem o A (H1N1) ou não. Médicos e hospitais vão tratá-lo, independentemente da confirmação laboratorial. Eles vão se orientar pelos sintomas, não pelo teste do H1N1. Também não corra para um hospital se você não está com os sintomas descritos. Muitos hospitais ficaram lotados recentemente com o assédio de pessoas que não tinham nem gripe comum. Evite todos esses extremos. Não há razão para pânico.

A nova gripe é parecida com a comum?

Sim. Na gripe comum, a maioria dos casos apresenta quadro clínico leve e quase 100% evoluem para a cura. Isso também ocorre na nova gripe. Em ambos os casos, o total de pessoas que morrem após contraírem o vírus em todo o mundo é, em média, de 0,5%. Como cerca de 30% dos que pegam gripe (de qualquer tipo) não apresentam sintomas, e nem todo mundo vai ao médico para relatar a infecção, a porcentagem real de mortos é ainda menor.

O que indica agravamento do quadro clínico?

Frequência respiratória superior a 25 respirações por minuto, dores no peito, pressão baixa, dedos das mãos e dos pés arroxeados, confusão mental, sinais de desidratação.

Quem faz parte do grupo de risco?

Maiores de 60 anos de idade, menores de 2 anos, gestantes, pessoas com diabete, doença cardíaca, pulmonar ou renal crônica, com deficiência imunológica (como pacientes com câncer ou em tratamento para Aids) ou com doenças provocadas por alterações da hemoglobina, como anemia falciforme.

Quais os critérios de utilização para o remédio contra a nova gripe?

Só os pacientes com agravamento do estado de saúde nas primeiras 48 horas desde o início dos sintomas e as pessoas com maior risco de apresentar quadro clínico grave serão medicados com o remédio específico.

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