Segundo o MS, foram analisadas três mil amostras positivas em laboratório, 5,7% já são do tipo 2. Dos 181 exames de pacientes cearenses, 36 deram diagnósticos para a dengue, sendo 2,8% do sorotipo mais virulento.
O Ceará não enfrentava esse tipo de vírus desde 2009, quando conseguiu tirá-lo de seu território e, por isso, seu retorno representa grande apreensão por parte da área de saúde. O infectologista pediátrico do Hospital São José, Robério Leite, explica que toda uma população que nunca teve dengue corre perigo, “mesmo aqueles que tiveram de outros sorotipos, pois, a doença é diferente da chikungunya ou zika, que só tem um vírus, e quem já teve está imunizados naturalmente”.
O médico não esconde o temor com o reaparecimento do tipo 2. “Imagine todas as crianças com até sete anos de idade. Elas estão desprotegidas e nossa inquietação tem sentido. Todos os anos que um sorotipo volta circular, existe maiores chances de epidemias de maior gravidade e precisamos sim nos organizar para não deixar isso ocorrer”, afirma.
Segundo o especialista, grande parte da população teve o tipo 1, enfrentando epidemias em anos como 2011, 2012, 2014 e ano passado. “A ocorrência de uma segunda infecção por outro sorotipo aumenta o risco de desenvolvimento de uma das formas graves da doença, que podem levar à morte, como a febre hemorrágica”, disse.
A Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) diz em nota, que não irá se pronunciar e que está em fase de finalização do Plano de Contingência das Arboviroses para 2017, que será lançado no fim deste mês.
Com informações Diário do Nordeste
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