PM cerca delegacia, dispara muitos tiros e evita fuga em massa de 60 presos em Caucaia


Moradores do entorno da Delegacia Metropolitana de Caucaia (DMC), na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), viveram momentos de muita tensão e medo, na noite desta quarta-feira (13), quando cerca de 60 presos que ali estão recolhidos tentaram realizar uma fuga em massa. Eles fizeram reféns e tentaram também render os policiais civis de plantão. Muitos tiros foram disparados no local.

As primeiras informações dão conta de que, apesar da tentativa desesperada de fuga, nenhum dos detentos conseguiu escapar. Ouvido agora há pouco pela Reportagem, um inspetor de plantão naquela unidade (identidade preservada) confirmou que houve muita confusão e tiros, mas todos os presos permanecem na unidade.

“Há uma superlotação aqui, que é uma situação geral em todas as delegacias”, disso o policial. Segundo o capitão PM Ferreira, oficial de serviço na supervisão das equipes do 14º BPM (Caucaia), foram mobilizadas várias patrulhas do Ronda do Quarteirão, Ronda Tático de Apoio (RTA), Força Tática de Apoio (FTA), além do Policiamento Ostensivo Geral (POG). O cerco aconteceu de forma rápida e nenhum preso fugiu.

Logo após a contenção feita pela PM, uma equipe da Unidade Tática Operacional (UTO), da Divisão Antissequestro da Polícia Civil (DAS), realizou uma vistoria geral em todas as celas e houve uma redistribuição de presos na carceragem, que permanece superlotada, com presos sem espaço ao menos para deitar e dormir. Além dos xadrezes, os presos ocupam o corredor da carceragem, conhecido como “passatempo”.

Superlotação

Mais de mil presos ocupam atualmente as delegacias de Polícia Civil em Fortaleza e na Região Metropolitana. Somente em três dias, duas fugas foram registradas em DPS. Na madrugada de domingo último (10), seis detentos escaparam do 11º DP (Pan-Americano), após cavarem um buraco no fundo de uma das celas.

Já na tarde de terça-feira (12), foram dois homens que conseguiram escapar da Delegacia de Capturas e Polinter (Decap), no Centro.



Por FERNANDO RIBEIRO

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