Foi aprovado agora há pouco na Assembleia requerimento de Capitão Wagner (PR) pedindo que Camilo Santana (PT) solicite intervenção da Força Nacional de Segurança no Ceará. O documento, aceito consensualmente e com adesão até de deputados da base aliada, foi aprovado um dia após visita do secretário de Segurança, Delci Teixeira, à Casa.
O requerimento foi aprovado após negociação entre Wagner e o líder do governo na Casa, Evandro Leitão (PDT). No acordo, Wagner removeu do texto trechos "mais incisivos" e que ressaltam palavra final de Camilo Santana (PT) sobre o caso. Segmento que dizia "Fazemos solicitação imediatava da Força", por exemplo, foi substituído por "Pedimos que se avalie a necessidade da presença da Força".
Embate
Aprovação ocorreu em meio a tensão entre aliados e intensa movimentação nos bastidores da Assembleia. Nos corredores, se comentava articulação dos secretários Nelson Martins (Relações Institucionais) e Élcio Batista (Gabinete do Governador) contra a aprovação da medida.
Aprovado na Casa, o texto segue agora para o governador Camilo Santana (PT) - que tem a prerrogativa de convocar ou não a Força. No texto, Capitão Wagner aponta "grave crise" e falta de efetivo de agentes de segurança para evitar altos índices de violência.
Visita do secretário
A aprovação acontece um dia após o secretário Delci Teixeira visitar a Assembleia para apresentar ações do governo para reduzir índices da criminalidade. Ele apresentou projetos como de contratação de mais 4,2 mil policiais militares e construção de um batalhão de divisas. Apesar disso, diversos parlamentares criticaram passagem do secretário pela Casa.
“Nenhuma medida enérgica ele se prontificou a fazer, deixando a população do Ceará à míngua”, disse nesta quinta Audic Mota (PMDB), que classificou a passagem como “faz de conta”. Mesmo integrantes da base aliada, como Aderlânia Noronha (SD), fizeram críticas ao secretário: “Ele não respondeu minha pergunta sobre falta de delegados em Parambu. Nossa cidade está desassistida e é uma porta de entrada para as drogas”, disse.
*Redação O POVO Online
0 Comentários