Aos 26 anos, Wesley Oliveira da Silva, Safadão por escolha e clamor das fãs, não é apenas mais um forrozeiro de sucesso, mas um fenômeno que transita pelo sertanejo e o axé |
O figurino se sofisticou – o espalhafato das camisas e calças em cores berrantes cedeu lugar a uma indumentária mais jovial.
O repertório gestual também se modernizou: o manquejado repetitivo do dois pra lá e dois pra cá foi aposentado por gingados e coreografias.
E se, no início da carreira, o cancioneiro não tinha um horizonte estético além do já gasto trinômio mulher/bebida/farra, agora inclui a dor de cotovelo e a narrativa de superação do homem rejeitado.
Para completar a metamorfose, Wesley Oliveira da Silva, vocalista da banda Garota Safada, engoliu o nome do grupo, e o “Vai, Safadão” se tornou o grito de guerra mais ouvido entre fãs do gênero
no Brasil.A alquimia do sucesso se completa com outra mudança - o cachê.
E se, no início da carreira, o cancioneiro não tinha um horizonte estético além do já gasto trinômio mulher/bebida/farra, agora inclui a dor de cotovelo e a narrativa de superação do homem rejeitado.
Para completar a metamorfose, Wesley Oliveira da Silva, vocalista da banda Garota Safada, engoliu o nome do grupo, e o “Vai, Safadão” se tornou o grito de guerra mais ouvido entre fãs do gênero
no Brasil.A alquimia do sucesso se completa com outra mudança - o cachê.
Hoje, é passado o tempo das vacas magras e shows em inferninhos de Aracoiaba, no interior cearense, terra da família Oliveira – a mãe de Wesley é vice-prefeita da cidade e o pai, presidente da Câmara dos Vereadores. Ficaram para trás também os anos em que a banda fazia apresentações no Tremendão, em Messejana, clube onde, aos 15 anos, o cantor debutou para o forró depois de uma noite decorando o setlist num walkman emprestado pela tia. Foi um
sucesso.
Nessa época, entre 2002 e 2003, o apurado do trabalho era todo consumido pelo pagamento de dívidas, conta Maria Valnira Oliveira, mãe de Wesley. Proprietária da banda, dona Bill, como é conhecida, comanda a “safadeza” com a mão de ferro de uma Margaret Thatcher cabocla. Nada no grupo, hoje sob controle total da família, acontece sem a digital da matriarca:.
O estouro de Wesley, defende a mãe, explica-se por duas razões: o carisma do filho, artigo em falta no mercado, e a sinceridade de letras como “Sou ciumento mesmo” e “Camarote”, canções que misturam a levada forrozeira com arranjos do sertanejo. “Ele hoje não representa apenas o forró, mas, do ano passado pra cá, vem abrindo muitas portas para o gênero”, diz.
Dona Bill refere-se à gravação do DVD ao vivo de Wesley Safadão no estádio Mané Garrincha, em Brasília, no último 1º de agosto. Reduto da música sertaneja, a região está na mira dos planos de expansão da empresa WS. “A gente esperava receber oito mil pessoas. Foram 40 mil. Temos um apartamento alugado em Goiânia desde 2013 e o Wesley é muito querido. É um mercado promissor”, projeta.
A intenção é exportar Safadão não apenas como forrozeiro, mas como artista pop. Um produto da terra com valor agregado. Daí a repaginada no visual, o coque, a mistura de ritmos.
Prestes a completar 27 anos no próximo dia 6 de setembro, Wesley faz show neste fim de semana em Recife. Apenas com a venda de bilheteria na capital pernambucana, o hitman estima ganhar
R$ 1 milhão. Considerado um fenômeno da música atual, comparado a sucessos como Cristiano Araújo, morto em junho último, o cearense está entre os maiores cachês do Brasil. Perde apenas para
Ivete Sangalo.
Chefe de gabinete da prefeitura de Aracoiaba e forrozeiro nas horas vagas, o músico João Paulo Oliver, 33 anos, arrisca uma explicação para a fama do Safadão. “Wesley tem um forró diferente...” Oliver tenta ser mais específico: “É uma pegada estranha”.
E, sem se dar por vencido, responde, sorrindo atrás da mesa de compensado na salinha pequena onde dá expediente na sede da prefeitura: “O forró dele é assertanejado”.
5 fatos sobre Wesley
#Vai safadão
Futebol
Wesley Oliveira da Silva, o Safadão, tinha planos de se tornar jogador de futebol. “Até os 12 anos, ele frequentou a escolinha do Ceará”, diz a mãe, dona Bill. O filho, o caçula de três,
caiu na música por acaso.
#Vai safadão
Origem da safadeza
A Garota Safada também nasceu casualmente. “Compramos um teclado e outros instrumentos só pra divertir a família”, lembra Bill. Formado por primos, o grupo se chamava "Tabaco Suado”.
#Vai safadão
Cabeleira
Uma das marcas do forrozeiro, os cabelos estirados de Wesley foram resultado de um promessa. “Ele vivia com pneumonia quando era criança. Fiz uma promessa na Igreja de Canindé”, diz a mãe.
#Vai safadão
Coque
Hoje, Wesley adota visual mais despojado. Amansou a cabeleira num coque estilo samurai. Dona Bill faz muxoxo: “Gosto mais do cabelo grande”. O novo penteado é febre entre os jovens.
#Vai safadão
Dançarinas
Diferentemente das outras bandas de forró, Wesley Safadão dispensa dançarinas. Empresária do grupo, dona Bill explica: “Elas dão muito trabalho. O Wesley se danava, e eu brigava”.
Assista entrevista com dona Bil, mãe de Wesley Safadão...
sucesso.
Nessa época, entre 2002 e 2003, o apurado do trabalho era todo consumido pelo pagamento de dívidas, conta Maria Valnira Oliveira, mãe de Wesley. Proprietária da banda, dona Bill, como é conhecida, comanda a “safadeza” com a mão de ferro de uma Margaret Thatcher cabocla. Nada no grupo, hoje sob controle total da família, acontece sem a digital da matriarca:.
O estouro de Wesley, defende a mãe, explica-se por duas razões: o carisma do filho, artigo em falta no mercado, e a sinceridade de letras como “Sou ciumento mesmo” e “Camarote”, canções que misturam a levada forrozeira com arranjos do sertanejo. “Ele hoje não representa apenas o forró, mas, do ano passado pra cá, vem abrindo muitas portas para o gênero”, diz.
Dona Bill refere-se à gravação do DVD ao vivo de Wesley Safadão no estádio Mané Garrincha, em Brasília, no último 1º de agosto. Reduto da música sertaneja, a região está na mira dos planos de expansão da empresa WS. “A gente esperava receber oito mil pessoas. Foram 40 mil. Temos um apartamento alugado em Goiânia desde 2013 e o Wesley é muito querido. É um mercado promissor”, projeta.
A intenção é exportar Safadão não apenas como forrozeiro, mas como artista pop. Um produto da terra com valor agregado. Daí a repaginada no visual, o coque, a mistura de ritmos.
Prestes a completar 27 anos no próximo dia 6 de setembro, Wesley faz show neste fim de semana em Recife. Apenas com a venda de bilheteria na capital pernambucana, o hitman estima ganhar
R$ 1 milhão. Considerado um fenômeno da música atual, comparado a sucessos como Cristiano Araújo, morto em junho último, o cearense está entre os maiores cachês do Brasil. Perde apenas para
Ivete Sangalo.
Chefe de gabinete da prefeitura de Aracoiaba e forrozeiro nas horas vagas, o músico João Paulo Oliver, 33 anos, arrisca uma explicação para a fama do Safadão. “Wesley tem um forró diferente...” Oliver tenta ser mais específico: “É uma pegada estranha”.
E, sem se dar por vencido, responde, sorrindo atrás da mesa de compensado na salinha pequena onde dá expediente na sede da prefeitura: “O forró dele é assertanejado”.
5 fatos sobre Wesley
#Vai safadão
Futebol
Wesley Oliveira da Silva, o Safadão, tinha planos de se tornar jogador de futebol. “Até os 12 anos, ele frequentou a escolinha do Ceará”, diz a mãe, dona Bill. O filho, o caçula de três,
caiu na música por acaso.
#Vai safadão
Origem da safadeza
A Garota Safada também nasceu casualmente. “Compramos um teclado e outros instrumentos só pra divertir a família”, lembra Bill. Formado por primos, o grupo se chamava "Tabaco Suado”.
#Vai safadão
Cabeleira
Uma das marcas do forrozeiro, os cabelos estirados de Wesley foram resultado de um promessa. “Ele vivia com pneumonia quando era criança. Fiz uma promessa na Igreja de Canindé”, diz a mãe.
#Vai safadão
Coque
Hoje, Wesley adota visual mais despojado. Amansou a cabeleira num coque estilo samurai. Dona Bill faz muxoxo: “Gosto mais do cabelo grande”. O novo penteado é febre entre os jovens.
#Vai safadão
Dançarinas
Diferentemente das outras bandas de forró, Wesley Safadão dispensa dançarinas. Empresária do grupo, dona Bill explica: “Elas dão muito trabalho. O Wesley se danava, e eu brigava”.
Assista entrevista com dona Bil, mãe de Wesley Safadão...
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