Ministros do STF disseram que foram surpreendidos pela decisão de Barbosa.
(Foto: arquivo).
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"Tenho uma informação de ordem pessoal a trazer. Eu decidi me afastar do Supremo no final do semestre, em junho. Afasto-me não só dá Presidência mas do cargo de ministro. Requererei meu afastamento após 41 anos. Tive a felicidade, a satisfação e alegria de passar e compor essa corte no que é talvez seu momento mais fecundo, de maior criatividade e de importância no cenário politico-institucional do país", afirmou.
O ministro Marco Aurélio Mello, o ministro mais antigo presente na sessão, fez uma fala lembrando o processo do mensalão, maior julgamento da história do tribunal, que foi relatado por Barbosa. "Veio a ser relator de um ação importantíssima em que o Supremo que acabou por reafirmar que a lei é lei para todos indistintamente. Acabou por revelar que processo em si não tem capa. Tem conteúdo", disse.
Em conversa com jornalistas, ministros do STF disseram que foram surpreendidos pela decisão de Barbosa, que no início do dia visitou a presidente Dilma Rousseff e os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), comunicando sua saída.
Os ministro Teori Zavascki, Ricardo Lewandowski e Luis Roberto Barroso disseram que não foram comunicados previamente da saída do colega, apesar de a aposentadoria já ser esperada. "Mesmo não concordando com todas as posições dele, eu concordo com muitas, tenho admiração por ele e o quero bem", disse Barroso.
A reportagem apurou que na quarta-feira (28) Barbosa comentou com ministros mais próximos que iria redistribuir processos, ou seja, repassar para outros ministros. A fala foi interpretada como um sinal de que estaria perto de sair.
Fonte: Folhapress
Via DN
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