Francisca Rodrigues Nogueira, 27, foi detida em casa, no Jardim Violeta, no Barroso (zona Sul da Capital).
Em poder da acusada, a Polícia encontrou vários comprovantes de depósitos bancários, além de cartões de bancos. Segundo as investigações, a mulher usava conta de ´laranjas´ para receber o dinheiro que arrecadava nos golpes através de celulares. Em média, ela ´lucrava´ cerca de R$1 mil por dia com a falcatrua.
Prêmios
Utilizando o nome das quatro operadoras de telefonia celular, Francisca enviava ´torpedos´ para as pessoas de forma aleatória. Nas mensagens, a informação de que o usuário da rede havia sido ´sorteado´ com casas, automóveis, viagens e outros falsos prêmios. Mas, para recebê-los, teria que, em contrapartida, fazer depósitos para a cobertura de despesas bancárias. Esse era o argumento para o golpe.
As mensagens eram complementadas com o diálogo que ela mantinha com as vítimas, garantindo que a premiação era verdadeira. Nesta ocasião ela se passava por atendente das operadoras, o que dava mais confiança as pessoas de que a ´premiação´ era verdadeira.
O passo seguinte era ela fornecer o número da conta bancária em que a pessoa deveria fazer o depósito para ter direito ao prêmio. Saques e transferências, em seguida, eram realizadas pela golpista e pelas ´laranjas´ que recebiam uma pequena cota de cada golpe bem-sucedido.
Francisca Rodrigues Nogueira, 27, lucrava até R$ 1 mil por dia com os golpes no celular (Foto: Divulgação) |
Ontem, ao ser detida com provas do crime, a mulher também portava drogas. O caso foi parar na Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF). O titular daquela Especializada, delegado Jaime Paula Pessoa Linhares, decidiu autuar a golpista pelo crime de tráfico de drogas. Já a acusação de crime de estelionato, será investigada com maior extensão através de inquérito a ser instaurado por portaria.
Através dos comprovantes de depósito, a Polícia vai identificar as vítimas dos golpes, bem como os titulares das contas que eram utilizadas para a movimentação do dinheiro obtido de forma fraudulenta. Estes, deverão também ser indiciados em inquérito.
A Polícia descobriu que Francisca já tinha antecedentes criminais por porte ilegal de arma e consumo de drogas. Ainda ontem, ela foi transferida para a Delegacia de Capturas (Decap).
Fonte: Diário do Nordeste