Felipão não dá favoritismo e nota defeitos na "espetacular" Espanha

Treinador desdenha de jogo bonito, valoriza resultado e diz que espanhois têm defeitos como qualquer outra seleção (Foto: Wagner Mayer/Agif/Gazeta Press )
O técnico Luiz Felipe Scolari não usa as mesmas reverências exageradas de seus jogadores ao falar sobre a Espanha, adversária da Seleção Brasileira na final da Copa das Confederações, no Maracanã. Neste sábado, véspera da partida, Felipão nem sequer seguiu o senso comum de apontar o time europeu como favorito à conquista do título.

"Não considero a Espanha favorita", adiantou, antes de fazer os seus elogios à equipe comandada por Vicente del Bosque. "É uma seleção que impôs o seu futebol nos últimos seis anos, ganhando duas Eurocopas e um Mundial com praticamente a mesma equipe. Eles têm algumas vantagem sobre nós, mas contamos com a credibilidade dos nossos torcedores. Vamos buscar aquilo com que sonhamos desde o início do campeonato", avisou.

Com a insistência para que gastasse mais algumas palavras favoráveis à Espanha, Felipão foi enfático: "a Espanha é espetacular, mas tem alguns defeitos, como qualquer outra seleção."

O treinador não inveja nem mesmo o estilo espanhol de jogar futebol, com constante troca de passes e predomínio absoluto de posse de bola. Ele chegou a fazer referência à derrota brasileira para a Itália na Copa do Mundo de 1982 para lembrar que "só jogo bonito não ganha jogo". "O resultado fica para a história. O jogo bonito passa. Essa é a minha filosofia, gostem ou não", disse.

Com um título de Copa das Confederações sobre o jogo bonito espanhol, Felipão com certeza teria muito mais partidários de sua filosofia. Para isso, tentou começar a ganhar a final do Maracanã já com o seu discurso otimista.

"A Espanha pode ter alguma superioridade sobre nós, mas reunimos totais condições de passar por cima disso com competência e espírito", bradou Luiz Felipe Scolari.


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