CORONEL WERISLEIK QUER LEGISLAÇÃO MAIS DURA PARA MENORES.




O comandante-geral da PM cearense, coronel Werisleik Pontes Matias, diz “não ter o que fazer” diante da existência de “permissividades legais” que, segundo ele, amenizam a responsabilização dos adolescentes pelos atos infracionais cometidos. Ele cita o envolvimento recorrente desta população nos casos de assassinato.

“A lei diz que, pra um ato extremo como o homicídio, o máximo é três anos (de detenção). Mas eles conseguem sair antes. Pra nós, dificulta. Porque eles passam a ser instrumento dos bandidos. Embora a gente, em determinados momentos, saiba que não foi o adolescente que cometeu, temos que levar pra delegacia se ele assume e não temos provas contundentes do contrário. Infelizmente é a lei”, pondera.
O militar atribui aos jovens infratores boa parte dos índices de violência crescentes registrados no Estado. Conforme O POVO mostrou em 17/1/2013, os assassinatos em Fortaleza, por exemplo, aumentaram 47% de 2011 (1.107 casos) para 2012 (1.628 ocorrências). No Ceará, cresceram 33,89% no mesmo período (de 2.667 para 3.571 registros).
Segundo ele, a maioria dos adolescentes ingressa no crime ao envolverem-se com o tráfico. Em seguida, migra para o assalto e homicídio. “Se tivéssemos uma legislação mais criteriosa, com certeza teríamos melhoria dos índices. Não é só encher presídio. É endurecer a legislação. E endurecer também pros adolescentes. Uma coisa é o jovem da minha época, que a gente ainda podia dizer que era inocente. Hoje, com a velocidade de informações, não tem inocente.”
Werisleik promete melhorias. “Estamos redimensionando tudo o que estávamos fazendo para ver se melhora. Mas o crime também migra. 

É preciso lembrar disso”, cita.

Fonte: O POVO

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